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Persistem Equívocos Sobre a Pio Entre Especialistas

Em 2007, a World Glaucoma Association publicou um consenso sobre a PIO, mas, de acordo com um palestrante, ainda existem vários mitos e equívocos em relação à sua avaliação.
Afirma-se que o maior mito é o limite de 21 mm Hg. A PIO acima desse limite deveria ser abnormal, mas, abaixo desse limite, ela é encarada como normal.
Estudos baseados na população mostraram que 80% dos pacientes com glaucoma continuariam sem diagnóstico se o parâmetro de 21 mm Hg fosse usado como o único valor de avaliação, e o Ocular Hypertension Treatment Study (estudo de tratamento da hipertensão ocular) demonstrou que apenas 9,5% dos pacientes com PIO alta desenvolvem glaucoma ao longo de muitos anos de acompanhamento.
“Aprendemos que a chance de desenvolver glaucoma depende de muitos fatores. Um deles é a espessura da córnea. Se o paciente tiver uma PIO alta e uma córnea fina de menos de 555 µm, seu risco pode ser de 36%, mas se tiver uma córnea espessa, o risco cai para apenas 2%”, afirmou o Dr. Medeiros.
O segundo mito observado pelo Dr. Medeiros é que a PIO deve ser ajustada de acordo com a espessura da córnea.
O consenso da WGA mostrou que os nomogramas de correção que ajustam a PIO apenas com base na espessura da córnea não são válidos nem úteis em pacientes individuais. Um dos motivos para isso é que as propriedades biomecânicas da córnea, como a elasticidade, podem influenciar a medição da pressão.
Desta forma, a pressão intraocular não é o único parâmetro para o diagnóstico de Glaucoma.

Fonte: Revista Ocular Surgery News | Latin American Edition | setembro/outubro de 2011