É a principal causa de cegueira definitiva em pacientes idosos. Trata-se de uma alteração no funcionamento das células da retina, causando um acúmulo de toxinas e inflamação na área central da visão, conhecida como região macular.
Acontece mais comumente em pacientes:
Nos estágios mais precoces a doença pode não causar sintomas e, conforme sua progressão, podem surgir dificuldades de leitura, metamorfopsia ou distorção (as linhas retas ficam com aspecto tortuoso), dificuldade para fixar o olhar em um objeto e podem seguir até com perdas definitivas em pontos da visão central.
A doença possui dois tipos de manifestação de acordo com as alterações estruturais causadas, a forma atrófica (seca) ou exsudativa (úmida). A presença de sinais de neovascularização -forma exsudativa- é o principal critério de gravidade. Seja na forma seca ou na forma exsudativa existem opções disponíveis para diminuir as taxas de progressão da doença e os danos causados, desde suplementos vitamínicos até medicações aplicadas diretamente dentro do olho acometido.
O exame com o médico oftalmologista em conjunto com exames complementares adequados possibilita a adequada classificação, a avaliação do dano causado e a escolha do melhor tratamento.
De forma pioneira no Brasil, desde 1999, estamos realizando a Terapia Fotodinâmica (TFD).
Na TFD faz-se uma infusão intravenosa de verterporfirina (Visudyne) e logo a seguir irradia-se luz emitida por um sistema de laser de baixa energia que exerce efeito seletivo na região onde se acumulou o corante. O objetivo é ocluir os neovasos por mecanismo fotoquímico sem lesar a retina. Cerca de 40% melhoram ou estabilizam a visão e 60% apresentam menor risco de perda acentuada de acuidade visual.
Durante o período de tratamento há a necessidade de visitas periódicas de cerca de 1 a 3 meses para acompanhamento, sendo importante fazer uma avaliação prévia inicial, que inclui histórico médico e condições atuais. São solicitadas informações sobre qualquer medicamento em uso. O paciente pode ser submetido a exame ocular, teste de acuidade visual, retinografia, angiografia (exame em que um corante circula por todo o organismo inclusive nos olhos) além de ser necessário, tomografia de coerência óptica, que permite analisar as camadas da retina em perfil. As imagens mostram a localização e o tipo de alterações, conhecimento indispensável para o melhor diagnóstico e elaboração da estratégia terapêutica.
Cerca de 5% dos pacientes podem sentir dor lombar moderada ou desconforto torácico durante ou logo após a infusão. Os eventos adversos relacionados ao tratamento, como cefaléia, tontura, pressão arterial baixa e vermelhidão no local da administração são apenas ocasionais. A clínica e os médicos dispõem de equipamentos para atuar imediatamente se necessário.
É um procedimento em duas etapas. Inicialmente a verterporfirina, uma medicação fotossensibilizadora, é injetada de forma intravenosa no paciente. O corante é absorvido pelos neovasos sangüíneos anormais. Em seguida, é ativado por um laser de baixa energia aplicada no olho, com o objetivo de ocluir os vasos anormais sem prejudicar a retina.
Trata-se de um tratamento conservador que apresenta baixo risco de diminuição imediata de visão, o que pode acontecer com 1% dos pacientes tratados. Ainda não foram relatados casos de alergia grave ao medicamento. Durante a aplicação, poucos pacientes podem sentir algum desconforto e mal-estar, como lombalgia, cefaléia e náuseas passageiras.
O tratamento diminui os danos à retina e retarda o desenvolvimento da doença. Em média, cerca de 40% dos pacientes pode apresentar melhora ou estabilização da visão.